A melhor religião

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Maneiras de ver as coisas


Conta-se que uma indústria de calçados do brasil desenvolveu um projeto de exportação de sapatos para a Índia e, em seguida, mandou dois de seus consultores a pontos diferentes daquele país para fazer as primeiras observações do potencial daquele futuro mercado.

Após alguns dias de pesquisas, um dos consultores enviou o seguinte fax para a direção da indústria: "senhores, cancelem o projeto de exportação de sapatos para a Índia. Aqui ninguém usa sapatos".

Sem saber desse fax, alguns dias depois o segundo consultor mandou o seu parecer: "senhores, tripliquem a quantidade de sapatos do projeto de exportação para a Índia, pois aqui ninguém usa sapatos, ainda."

A mesma situação era um tremendo obstáculo para um dos consultores e uma fantástica oportunidade para o outro.

Da mesma forma, tudo na vida pode ser visto com enfoques e maneiras diferentes.

A sabedoria popular traduz essa situação com a seguinte frase: "os tristes acham que o vento geme; os alegres e cheios de espírito afirmam que ele canta."

Os derrotistas falam da crise como se o mundo fosse acabar por causa dela, mas os otimistas e empreendedores dizem o seguinte:

Bendita crise que sacode o mundo e a minha vida.

Bendita crise que está reciclando tudo.

Bendita crise que faz o mundo se reestruturar.

Bendita crise que traz a transformação.

Bendita crise que traz a evolução e o progresso.

Bendita crise que traz novos desafios.

Bendita crise que me tira a ilusão de permanência.

Bendita crise que me tira do marasmo.

Bendita crise que me ensina o que é verdadeiramente importante.

Bendita crise que me revela minha própria sabedoria.

Bendita crise que dissolve meus apegos.

Bendita crise que amplia minha visão.

Bendita crise que me faz humilde.

Bendita crise que me faz voltar a ter fé.

Bendita crise que me faz redescobrir a minha força.

Bendita crise que me faz dar mais importância à vida.

Bendita crise que abre meu coração.

Bendita crise que me mostra a luz.

Bendita crise que me mostra outras oportunidades.

Bendita crise que me traz de volta a confiança.

Bendita crise que me traz de volta à minha essência.

Bendita crise que me desperta o amor pela humanidade.

Bendita crise que é o ponto de mutação.

Bendita crise que me abre novos horizontes...

E você, como é que tem encarado as situações difíceis ou as crises?

Lembre-se que da sua maneira de ver as dificuldades dependerá a resolução ou o seu agravamento.

Pense nisso!

O mundo é como um espelho que devolve a cada pessoa o reflexo de seus próprios pensamentos e atos.

A maneira como você encara a vida é que vai fazer a diferença

O sucesso


Os seres humanos, de modo geral, estão sempre muito preocupados em alcançar o sucesso.

O mundo convencionou que sucesso é o triunfo nos negócios, nas profissões, nas posições sociais, com destaque da personalidade, aplausos e honrarias.

Causam impacto as pessoas que desfilam no carro do poder. Despertam inveja a juventude elegante, a beleza física, os jogos do prazer imediato.

Produzem emoções fortes as conquistas dos lugares de relevo e projeção na política, na sociedade.

Inspiram mágoas aqueles que parecem triunfar na glória e êxito terrestres...

Esse sucesso, porém, é de efêmera duração.

Todos passam pelo rio do tempo e transformam-se.

Risos se convertem em lágrimas...

Primazias cedem lugar ao abandono...

Bajulações são substituídas pelo desprezo...

Beleza e juventude são alteradas pelos sinais da dor, do desgaste e do envelhecimento.

O indivíduo que luta pela projeção exterior, sofre solidão, vazio, frustrações e tédio. Aquele tido pela sociedade como uma pessoa de sucesso não é, necessariamente, uma pessoa feliz.

Todavia, muitos perseguem esse sucesso com sofreguidão e, para mantê-lo, desgastam-se emocionalmente, inspiram ódios, guerras surdas ou declaradas, acumulam desgostos.

Todavia, há um outro sucesso, efetivo e duradouro, que os cristãos têm esquecido: é a vitória sobre si mesmo e sobre as paixões primitivas.

Dessa conquista ninguém toma conhecimento. Mas a pessoa que a busca, sente-se vencedora, por dominar-se, alterando o temperamento, as emoções degradantes, e sente a paz como conseqüência.

O indivíduo que experimenta o sucesso interno torna-se gentil, afável, irradiando bondade, e conquista, em profundidade, aqueles que dele se acercam.

Quando, no entanto, é externo esse triunfo, a pessoa torna-se ruidosa, impondo preocupação para manter o status, chamar a atenção, atrair os refletores da fama.

O sucesso sobre si mesmo acentua a harmonia e aumenta a alegria do ser, que se candidata a contribuir em favor do grupo social mais equilibrado e feliz, levando o indivíduo a doar-se.

O sucesso de Júlio César, conquistador do mundo, entrando em Roma em carro dourado e sob aplausos da multidão, não o isentou do punhal de Brutus nas escadarias do Senado.

O sucesso de Nero, suas conquistas e vilezas, não o impediram da morte infamante a que se entregou desesperado.

O sucesso de Hitler, em batalhas cruéis nos campos da Europa e da África, não alterou a sua covardia moral, que o conduziu ao suicídio vergonhoso.

O sucesso, porém, de Gandhi, fê-lo enfrentar a morte proferindo o nome de Deus.

O sucesso de Pasteur auxiliou-o a aceitar a tuberculose com serenidade.

O sucesso dos mártires e dos santos, dos cientistas e pensadores, dos artistas e cidadãos que amaram, ofereceu-lhes resistência para suportarem as afrontas e crueldades com espírito de abnegação, de coragem e de fé.

* * *

Sem ficarmos alheios ao mundo, ou abandonarmos a luta do convívio social, busquemos o sucesso - a vida correta, os valores de manutenção do lar e da família, o brilho da inteligência, da arte e do amor - e descobriremos que, nessa boa luta, teremos tempo e motivo para o outro sucesso, o de natureza interior.

Baseado no cap. 15 do livro Desperte e seja feliz, do Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal

Dias difíceis


Há dias que parecem não terem sido feitos para você.

Amontoam-se tantas dificuldades, inúmeras frustrações e incontáveis aborrecimentos, que você chega a pensar que conduz o mundo sobre os ombros dilacerados.

Desde cedo, ao se erguer do leito, pela manhã, encontra a indisposição moral do companheiro ou da companheira, que lhe arremessa todos os espinhos que o mau humor conseguiu acumular ao longo da noite.

Sente o travo do fel despejado em sua alma, mas crê que tudo se modificará nos momentos seguintes.

Sai à rua para atender a esse ou àquele compromisso cotidiano, e se defronta com a agrestia de muitos que manejam veículos nas vias públicas e que os convertem em armas contra os outros...

Constata o azedume do funcionário ou do balconista que lhe atende mal, ou vê o cinismo de negociantes que anseiam por lhe entregar produtos de má qualidade a preços exorbitantes, supondo-o imbecil.

Mesmo assim, admite que, logo, tudo se alterará, melhorando as situações em torno.

Encontra-se com familiares ou pessoas amigas que lhe derramam sobre a mente todo o quadro dos problemas e tragédias que vivenciam, numa enxurrada de tormentos, perturbando a sua harmonia ainda frágil, embora não lhe permitam desabafar as suas angústias, seus dramas ou suas mágoas represadas na alma.

Em tais circunstâncias, pensa que deve aguardar que essas pessoas se resolvam com a vida até um novo encontro.

São esses os dias em que as palavras que você diz recebem interpretação negativa, o carinho que oferece é mal visto, sua simpatia parece mero interesse, suas reservas são vistas como soberba ou má vontade.

Se fala, desagrada... Se cala, desagrada.

Em dias assim, ainda quando se esforce por entender tudo e todos, sofre muito e a costumeira tendência, nessas ocasiões, é a da vitimação automática, quando passa a desenvolver sentimentos de autopiedade.

No entanto, esses dias infelizes pedem-nos vigilância e prece fervorosa, para que não nos percamos nesses cipoais de pensamentos, de sentimentos e de atitudes perturbadores.

São dias de avaliação, de testes impostos pelas Leis que regem a vida terrena, desejosas de que se observe e verifique suas ações e reações à frente das mais diversas situações da existência.

Quando perceber que muita coisa à sua volta passa a emitir um som desarmônico aos seus ouvidos; se notar que escolhendo direito ou esquerdo não escapa da crítica ácida, o seu dever será o de se ajustar ao bom senso.

Instrua-se com as situações e acumule o aprendizado das horas, passando a observar bem melhor as circunstâncias que o cercam, para que melhor entenda, para que, enfim, evolua.

Não se esqueça de que ouvimos a voz do Mestre Nazareno, há mais de dois milênios, a dizer-nos: No mundo só tereis aflições...

Conhecedores dessa realidade, abrindo a alma para compreender que a cada dia basta o seu mal, tratará de se recompor, caso tenha-se deixado ferir por tantos petardos, quando o ideal teria sido agir como o bambuzal diante da ventania: curvar-se, deixar passar o vendaval, a fim de se reerguer com tranquilidade, após o momento difícil.

Há, de fato, dias difíceis, duros, caracterizando o seu estádio de provações indispensáveis ao seu processo de evolução.

A você, porém, caberá erguer a fronte, buscando o rumo das estrelas formosas, que ao longe brilham, e agradecer a Deus por poder afrontar tantos e difíceis desafios, mantendo-se firme, mesmo assim.

Nos dias difíceis da sua existência, procure não se entregar ao pessimismo nem ao lodo do derrotismo, evitando alimentar todo e qualquer sentimento de culpa, que lhe inspirariam o abandono dos seus compromissos, o que seria seu gesto mais infeliz.

Ponha-se de pé, perante quaisquer obstáculos, e seja fiel aos seus labores, aos deveres de aprender, servir e crescer, que o trouxeram novamente ao mundo terrestre.

Se lograr a superação suspirada, nesses dias sombrios para você, terá vencido mais um embate no rol dos muitos combates que compõem a pauta da guerra em que a Terra se encontra engolfada.

Confia na ação e no poder da luz, que o Cristo representa, e siga com entusiasmo para a conquista de si mesmo, guardando-se em equilíbrio, seja qual for ou como for cada um dos seus dias.

adaptação da mensagem do Espírito Camilo, psicografada pelo médium J. Raul Teixeira, em 31/12/2002, na Sociedade Espírita Fraternidade, em Niterói - RJ

Saber ouvir

Thomas Edison, o inventor da lâmpada, perdeu boa parte de sua capacidade auditiva quando tinha doze anos de idade.

Só podia ouvir os ruídos e gritos mais fortes.

Isso, no entanto, não o incomodava.

Certa vez, indagado a respeito da sua deficiência, respondeu com serenidade: "não ouço um passarinho desde meus doze nos, mas em vez disso constituir uma desvantagem, minha surdez talvez tenha sido benéfica para mim. Ela encaminhou-me muito cedo à leitura e, além disso, pude sempre concentrar-me com rapidez, já que me encontrava naturalmente desligado de conversações inúteis."

A singela observação guarda grande ensinamento.

A maior parte de nós tem plena capacidade auditiva, mas isso não significa necessariamente que tenhamos o dom de saber ouvir.

Embora a audição seja uma dádiva maravilhosa, não há como negar que poucos, muito poucos de nós, dominamos a arte de ouvir.

Ainda não conseguimos ouvir os queixumes dos outros sem que atravessemos um comentário a respeito da nossa própria desdita.

Deixamos assim de escutar as histórias dos outros, para narrar a nossa própria, como se apenas esta fosse digna de ser registrada e conhecida.

Ainda não conseguimos ouvir as críticas que nos fazem.

Em poucos instantes já estamos irritados e ofendidos, mais preocupados em nos defender ou até em agredir verbalmente o outro.

Ouvir com serenidade tudo o que nos querem falar, por ora, parece ser superior às nossas forças.

Ainda não conseguimos ouvir conselhos e orientações que sejam dirigidas à nossa melhoria íntima.

Esse tipo de conversa sempre nos parece aborrecida e sem sentido, afinal, muitas dessas palavras sábias representariam mudança de conduta e o abandono de muitos vícios.

Não estamos dispostos a isso.

Mas se a conversa gira em torno de maledicências, aí então, os ouvidos parecem ficar mais capazes de registrar sons e nosso interesse fica aguçado.

O sono passa e sempre há tempo para querer saber algum detalhe a mais a respeito do assunto.

Muita conversa inútil preenche nossas horas e consome nosso tempo.

Muitos exemplos infelizes são tomados como modelos de atitude, por equívoco daqueles que os ouvem.

Inúmeras dificuldades são criadas em nossa intimidade pelo desequilíbrio gerado pela maledicência.

Por outro lado, muitos amigos precisam de nós para um diálogo saudável e nós não temos sensibilidade suficiente para deixá-los falar.

Muitas palavras acertadas que nos auxiliariam a não incidir mais uma vez no mesmo erro, deixam de ser escutadas por desatenção.

***

A capacidade de ouvir não se limita exclusivamente à possibilidade de captar sons.

Temos sido surdos em um mundo repleto de sons e de melodias que poderiam transformar nossas vidas em sinfonias de amor e de realização.

Temos sido criaturas incapazes de perceber palavras e histórias maravilhosas que ilustram a existência dos seres que nos cercam e que muito poderiam nos ensinar.

Temos sido deficientes auditivos quando se trata de escutar verdadeiramente aquilo que precisamos ouvir.

É necessário e urgente que desenvolvamos a real capacidade de ouvir.


 Baseado  no livro Grandes Vidas Grandes Obras

Preciosidade do tempo


Se existisse um banco que nos creditasse em conta 86.400 moedas todas as manhãs mas, que não transferisse o saldo de um dia para o seguinte, que não nos permitisse conservar esse capital e, no final do dia, cancelasse a parte dessa quantia que não tivéssemos usado, o que é que faríamos?

Possivelmente, a nossa atitude seria de sacar até o último centavo cada dia e aproveitar todo o dinheiro, adquirindo o que desejamos, investindo em jóias, livros, imóveis, viagens. Enfim, em tudo aquilo que se constitui os nossos sonhos.

Pois bem. Tal banco existe e se chama tempo.

Cada dia nos deposita 86.400 segundos e toda noite dá por perdidos todos aqueles que deixamos de aplicar com proveito.

Jamais transfere os saldos, nem permite que se gaste, diariamente, além dos segundos que se dispõe.

Quando não utilizamos o disponível no dia, quem perde somos somente nós mesmos.

Não existe possibilidade da recuperação dos fundos perdidos e não há condição alguma de se passar um cheque pré-datado, nem para o dia seguinte.

* * *

A maioria das pessoas não percebemos ainda os valores do tempo.

Existem aqueles de nós que abusamos desse tesouro, julgando que a riqueza nos é devida por Deus, esquecendo-nos de bem aproveitá-la.

Oportuna a indagação, portanto, acerca do que fazemos do nosso tempo. Quantos o aniquilamos de qualquer forma. A própria sabedoria popular já afirma: matar o tempo.

Muitos de nós o matamos em futilidades, com fofocas, calúnias e maledicências, semeando infelicidade nas alheias vidas e para si mesmo.

Alguns de nós que priorizamos os bens materiais, afervoramo-nos à idéia de que tempo é dinheiro. Contudo, se nos empenhamos em demasia nas horas do trabalho que nos concedam maiores lucros, igualmente desprezamos as horas em conversas que não edificam, programas que nada acrescentam ao sentimento nobre ou ao intelecto.

Em quase todos os setores de evolução terrestre, vemos o abuso da oportunidade dos segundos, complicando os caminhos dos homens.

A Lei Divina estabelece, em Sua sabedoria, que todo excesso merece escassez e todo abuso exigirá restrições, porque em questão de tempo também cada um recebe exatamente o que semeia.

Este o motivo pelo qual alguns que aprendemos o valor do tempo e desejamos muito realizar, na atualidade, percebemos que não dispomos de todo o tempo que desejaríamos para tal, esforçando-nos para agir sem perder a chance dourada dos minutos que passam com rapidez.

Um dia de doação ao outro, empenho no bem, cultivo da harmonia e iluminação é muito importante para os homens, na sagrada execução das Leis Divinas.

* * *

O apóstolo Paulo de Tarso, em sua Epístola aos Romanos, assinalou a importância do tempo, afirmando que aquele que faz caso do dia, para o Senhor o faz.

Já reconhecia ele que o tempo é igualmente talento que o Pai nos concede, e como qualquer talento, não merece ser enterrado, no solo da inutilidade, mas utilizado com sabedoria para que suas bênçãos sejam multiplicadas.
Babaseado  no cap.1 do livro Caminho, verdade e vida, pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Feb, e no cap. A verdadeira riqueza, do livro Um presente especial, de Roger Patrón Luján, ed. Aquariana

Reações violentas


Está se tornando algo comum as pessoas reagirem com violência ao mal que lhes acontece, ou àquilo que está em desacordo com os seus desejos.

Exatamente como a criança indisciplinada reage, gritando, jogando coisas quando suas vontades não são atendidas, as pessoas estão se permitindo agredir, revidar.

Quando o trânsito está lento há os que xingam a administração pública que não planeja vias melhores para o escoamento rápido dos veículos.

Se a loja informa que o artigo em oferta acabou, há os que se acham no direito de agredir os funcionários, acusando-os de propaganda enganosa.

Se o caixa se engana no troco, logo se afirma que ele é um indivíduo desonesto, desejando engordar o próprio salário.

Se a empregada pede para sair um pouco mais cedo, dizendo que deve levar o filho ao médico, logo alguém diz que ela não deseja trabalhar, que está inventando mentiras.

Se alguém esbarra em outra pessoa na rua, de imediato gritam alguns que o sujeito é mal educado, malcriado. Um abuso!

Em síntese, estamos vivendo uma época de muita agressividade. E nos queixamos da violência que toma conta das ruas, sem atentarmos que nós mesmos, muitas vezes, também agimos com violência.

Conta-se que um grande militar, desejando se espiritualizar, escolheu um sábio religioso e lhe perguntou:

- Onde começa o inferno?

O pensador experiente meditou e falou:

- Por que um homem sem escrúpulos deseja saber onde começa o inferno? Cheio de armas destruidoras de vida, acerca-se de mim para perguntas tolas. O que espera que lhe diga, eu, que sou um homem de paz e justiça?

Antes que continuasse, o militar o interrompeu, levantando a espada e exigindo, cheio de raiva, que o sábio o respeitasse.

Sem qualquer receio, o homem velho esclareceu:

- Aqui começa o inferno: na raiva descontrolada.

O guerreiro compreendeu e num gesto rápido, tornou a colocar na bainha a espada, pedindo desculpas.

O sábio então o esclareceu:

- Homem, nesse seu gesto começa o céu.

***

A raiva pode ser comparada a uma faísca portadora do poder de atear grandes incêndios. Basta uma palavra mal pensada, um gesto imprevisto para a gerar.

Quando solta, desencadeia conflitos inúteis e destruidores.

O homem que alimenta a raiva e se deixa dominar por ela, se torna bruto e violento.

Os antídotos para a raiva são a humildade que leva o indivíduo a reconhecer a própria fragilidade; a paciência, que lhe permite acompanhar o desenvolvimento da questão; a tolerância que entende a dificuldade alheia; enfim, o amor que é abençoada luz em todas as circunstâncias.
Livro Perfis da vida, cap 6

A PALAVRA MAIS IMPORTANTE

Havia uma mulher que amava as palavras. Desde a meninice, elas exerciam sobre ela um grande fascínio.

Talvez por isso ela tenha aprendido a ler muito cedo. Desejava decifrar aqueles sinais que preenchiam as páginas do jornal.

Gostava de apreciar a sonoridade das palavras. Umas suaves, outras mais agressivas. E de aprender o significado de cada uma delas. Encantava-se em saber que as palavras têm o poder de representar o pensamento humano e estabelecer a comunicação entre as pessoas. 

Descobriu que existem palavras doces e perfumadas, como flor, carinho, amizade, maçã. Outras, tristes e angustiantes como lágrima, distância, saudade. Algumas dolorosas como crime, fome, abandono, guerra.
Algumas alegres e descontraídas, como primavera, natureza, criança.

Verificou que existem palavras que soam como uma sentença de morte, como câncer. Dá para imaginar o impacto que esse vocábulo é capaz de causar nos ouvidos de quem a ouve?

Um dia, no entanto, ela ouviu dos lábios do médico que acabara de examinar com muito cuidado uns raios-x, esta palavra e a achou muito feia. Num momento, a paisagem se modificou, pareceu-lhe não haver mais luz, embora ainda fosse dia. O sangue lhe sumiu das faces, dando lugar a um suor gélido. O coração tentou fugir a galope. Ela se lembrou de que, tempos atrás, fora convocada para uma batalha pela vida. Agora, outra vez lhe competia empreender a luta pela vida.

Fruto da ignorância, o medo, sempre oportunista, se instalou e a insegurança a dominou. O especialista foi lhe afirmando que havia muitas chances de melhora, graças às mais recentes conquistas da medicina.

Mas ela nem conseguia mais prestar atenção. A voz do médico parecia distante. O cérebro dela desenhava paisagens sombrias, comprometendo o equilíbrio. De volta ao lar, um tanto mais calma, talvez inspirada por benfeitores invisíveis, ela se lembrou de orar. Preparou sua alma para entrar em contato com Jesus e lhe rogar as forças necessárias.

Enquanto orava, pareceu ver o azul do firmamento, num cair de tarde, começando a salpicar de estrelas. Dele se destacou uma luz radiante, abrangendo todo o espaço ao seu redor.

Alguém, de olhar sereno e sorriso cativante lhe estendeu os braços. Caminhou em sua direção e um delicado perfume a envolveu. Ela se sentiu aconchegar de encontro ao peito daquela criatura tão serena, como se fosse uma criança amedrontada. Uma nova energia invadiu todo o seu ser e, então, como um canto divino ela ouviu dentro d’alma a voz melodiosa do mensageiro:
Filha, por que choras? Entre todas as palavras que admiras, esqueceste a mais importante, a mais poderosa.

Ela se atreveu a perguntar: e que palavra eu esqueci, Senhor?
Ele se afastou um pouco, tomou o rosto dela entre suas mãos e olhando-a com doce ternura, respondeu: a palavra é fé!
Fé é a mola propulsora que permite superar óbices e vencer obstáculos.
Fé é força motriz da alma que, assim alimentada, vence os percalços e avança, vitoriosa.

Por esta razão é que o Mestre de Nazaré ensinou, um dia: se tiverdes fé do tamanho de um grão de mostarda, direis a esta montanha: move-te daqui para lá e ela se moverá.

E a montanha que todos precisamos mover para avançar na estrada da vida, chama-se dificuldade.

Câncer Moral


O mau-humor sistemático - vício de comportamento emocional - gera a irritabilidade que desencadeia inúmeros males no indivíduo, em particular, e no grupo social onde o mesmo se movimenta, em geral.

Desconcertando a razão, açula as tendências negativas que devem ser combatidas, fomentando a maledicência e a indisposição de ânimo.

Todos aqueles que o alimentam, transferem-se de um para outro estado de desajuste orgânico e psicológico, dando margem à instalação de doenças psicossomáticas de tratamento complexo como resultados demorados ou nenhuns.

Todas as criaturas têm o dever de trabalhar pelo próprio progresso intelecto-moral, esforçando-se por vencer as más inclinações.

O azedume resulta, também, da inveja mal disfarçada quanto do ciúme incontido.

Atiça as labaredas destruidoras da desavença, enquanto se compraz na observância da ruína e do desconforto do próximo.

Muitas formas de canceres têm sua gênese no comportamento moral insano, nas atitudes mentais agressivas, nas postulações emocionais enfermiças.

O mau-humor é fator cancerígeno que ora ataca uma larga faixa da sociedade estúrdia.

Exteriorização do egoísmo doentio, aplica-se à inglória tarefa de perseguir os que discordam da sua atitude infeliz, espalhando a inquietação com que se arma de forças para prosseguir na insânia que agasalha.

Reveste-te de equilíbrio ante os mal-humorados e violentos, maledicentes e agressivos.

Eles se encontram enfermos, sim, em marcha para a loucura que os vence sob o beneplácito da vontade acomodada.
Oscilantes nos estados dalma, mudam de um para outro episódio de revolta com facilidade, sem qualquer motivo justificável, como se motivo houvesse que justifique a vigência desse verdugo do homem.

Vigia as nascentes dos teus sentimentos e luta com destemor, nas paisagens íntimas, contra o mau-humor.

Policia o verbo rude e ácido, mantendo a dignidade interior e poupando-te ao pugilato das ofensas, decorrente do azedume freqüente.

Não olvides da gratidão, nas tuas crises de indisposição...
O amanhã é incerto.
Aquele a quem hoje magoas será a porta onde buscarás apoio amanhã.

Conquista o título de pacífico ou faze-te pacificador.
Todo agressor torna-se antipático e asfixia-se na psicosfera morbífica que produz.

O Evangelho é lição de otimismo sem limite e o Espiritismo que o atualiza para o homem contemporâneo convida à transformação moral contínua, sem termo, em prol da edificação interior do adepto que se lhe candidata ao ministério.

obra Receita de Paz Autora: Joanna de Ângelis Psicografia de Divaldo Franco

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Manual das famílias felizes

- Lar, doce lar?

Às vezes as relações de convivência estão mais próximas do vinagre que do açúcar e do afeto. Nenhuma família é um recôndito de paz as 24 horas do dia. De fato, nenhum ambiente onde convivam estreitamente dois ou mais seres humanos pode sê-lo, pelas diferentes formas de se encarar a vida.

No entanto, existem algumas formas de se preservar o afeto, a alegria e a satisfação nas relações mais intensas e ao mesmo tempo mais difíceis, mas também gratificantes e enriquecedoras que mantemos em nossa existência: as que temos com nossos parentes mais próximos.

Na família convém não haver "vencedores ou vencidos", porque, segundo um velho provérbio, "a melhor vitória é aquela na qual ganham todos".
 A "chave mágica" para consegui-la tem três pilares: 
harmonia, equilíbrio e comunicação.


- Trate seus parentes como amigos.



Evite reservar sua parte mais sombria - suas queixas, cansaço, impaciência, maus momentos - para dedicá-la àqueles que mais ama.

As relações familiares, assim como as existentes entre amigos, devem ser cultivadas e regadas com respeito, tolerância, demonstrações de afeto e alegria compartilhada.
No início pode parecer um pouco difícil dizer o quanto se gosta de uma pessoa, com palavras ou por meio de pequenos gestos.


- Desligue a televisão enquanto come. 

 A telinha desempenha uma atração quase hipnótica, que em algumas ocasiões faz com que a vejamos como marionetes, sem nos importar com a programação.

A menos que se trate de um programa interessante, é importante apagá-la e aproveitar esses momentos para brincar com seus filhos e o marido e mostrar ainda mais envolvimento na vida familiar.

Não é melhor aproveitar quando todos estão à mesa para falar e compartilhar experiências ou sobre o que aconteceu ao longo do dia, em vez de todos assistirem à televisão como marionetes?


- Preveja os momentos de irritação e mantenha a calma


Em vez de deixar-se levar pela ira, pelo ego ferido ou outras justificativas mesquinhas, que te afastam da real importância de um determinado assunto, procure manter-se centrado na solução, com serenidade e firmeza.

Se você percebe que está sendo levado pela impulsividade, pise no freio, respire profundamente e volta a buscar soluções e saídas, em vez de ficar obsessivo com o problema.

Discutir "em família" as diferentes opções para se sair do atoleiro, é um exercício que dá resultados surpreendentes.


- Peça perdão e tente entender


Em todas as relações próximas e contínuas é fácil "ferir o outro", sem que depois desculpas ou pedidos de perdão bastem. É preciso colocar-se no lugar da outra pessoa para compreendê-la.


- Alguns erros que todos devem evitar:


Recorrer a agressões ou ameaças;
 revirar o passado;
fazer promessas que não podem ser cumpridas;
tentar solucionar a vida dos demais;
falar em vez de ouvir;
dizer as coisas por meio de terceiros;
punir alguém por dizer a verdade;
querer ter sempre a razão.

 Se você evitar esses comportamentos e atitudes, sua vida familiar começará a funcionar com menos conflitos e atritos.
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Por María Jesús Ribas. E F E - REPORTAGENS
Publicado em Yahoo! Notícias

Respeito e Responsabilidade - Emmanuel



O QUE OS OUTROS PENSAM


Aquilo que os outros pensam é ideia deles.

Não podemos usufruir-lhes a cabeça para imprimir-lhes as interpretações de que são capazes diante da vida.

Um indígena e um físico contemplam a luz, mantendo conceitos absolutamente antagônicos entre si.

Acontece o mesmo na vida moral.

Precisamos nutrir o cérebro de pensamentos limpos, mas não está em nosso poder exigir que os semelhantes pensem como nós.

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O QUE OS OUTROS FALAM


A palavra dos amigos e adversários, dos conhecidos e desconhecidos é criação verbal que lhes pertence.

Expressam-se como podem e comentam as ocorrências do dia a dia, com os  sentimentos dignos ou menos dignos de que são portadores.

Efetivamente, é dever nosso cultivar a conversação criteriosa; entretanto, não dispomos de meios para interferir na manifestação pessoal dos entes que nos cercam, por mais caros se nos façam.
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O QUE OS OUTROS FAZEM


A atividade dos nossos irmãos é fruto de escolha e resolução que lhes cabe.

Sabemos que a Sabedoria Divina não nos criou para cópias uns dos outros.

Cada consciência é domínio à parte.

As criaturas que nos rodeiam decerto que agem com excelentes intenções, nessa ou naquela esfera de trabalho e, se ainda não conseguem compreender o mérito da sinceridade e do serviço ao próximo, isso é problema que lhes compete.

Fácil deduzir que não nos é lícito fugir da ação nobilitante, em benefício de nós mesmos, mas não nos cabe impor pareceres nas decisões alheias, que o próprio Criador deixa livres.

À vista disso, cooperamos com os outros e recebamos dos outros o auxílio de que carecemos, acatando a todos, mas sem perder tempo com o que possam pensar, falar e fazer.

Em suma, respeito para os outros e responsabilidade para nós.
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Emmanuel
Chico Xavier





domingo, 17 de novembro de 2013

ATITUDES QUE DRENAM ENERGIAS - ROGER BOTTINI PARANHOS



1. Pensamentos obsessivos - Pensar gasta energia, e todos nós sabemos disso. Ficar remoendo um problema cansa mais do que um dia inteiro de trabalho físico. Quem não tem domínio sobre seus pensamentos - mal comum ao homem ocidental -, torna-se escravo da mente e acaba gastando a energia que poderia ser convertida em atitudes concretas, além de alimentar ainda mais os conflitos. Não basta estar atento ao volume de pensamentos, é preciso prestar atenção à qualidade deles. Pensamentos positivos, éticos e elevados podem recarregar as energias, enquanto o pessimismo consome energia e atrai mais negatividade para nossas vidas.

2. Sentimentos tóxicos - Choques emocionais e raiva intensa também esgotam as energias, assim como ressentimentos e mágoas nutridos durante anos seguidos. Não é à toa que muitas pessoas ficam estagnadas e não são prósperas. Isso acontece quando a energia que alimenta o prazer, o sucesso e a felicidade é gasta na manutenção de sentimentos negativos. Medo e culpa também gastam energia, e a ansiedade descompassa a vida. Por outro lado, os sentimentos positivos, como a amizade, o amor, a confiança, o desprendimento, a solidariedade, a auto-estima, a alegria e o bom-humor recarregam as energia e dão força para empreender nossos projetos e superar os obstáculos.

3. Maus hábitos, falta de cuidado com o corpo - Descanso, boa alimentação, hábitos saudáveis, exercícios físicos e o lazer são sempre colocados em segundo plano. A rotina corrida e a competitividade fazem com que haja negligência em relação a aspectos básicos para a manutenção da saúde energética.

4. Fugir do presente - As energias são colocadas onde a atenção é focada.
O homem tem a tendência de achar que no passado as coisas eram mais fáceis: "bons tempos aqueles!", costumam dizer. Tanto os saudosistas, que se apegam às lembranças do passado, quanto aqueles que não conseguem esquecer os traumas, colocam suas energias no passado. Por outro lado, os sonhadores ou as pessoas que vivem esperando pelo futuro, depositando nele sua felicidade e realização, deixam pouca ou nenhuma energia no presente. E é apenas no presente que podemos construir nossas vidas.

5. Falta de perdão - Perdoar significa soltar ressentimentos, mágoas e culpas. Libertar o que aconteceu e olhar para frente. Quanto mais perdoamos, menos bagagem interior carregamos, gastando menos energia ao alimentar as feridas do passado. Mais do que uma regra religiosa, o perdão é uma atitude inteligente daquele que busca viver bem e quer seus caminhos livres, abertos para a felicidade. Quem não sabe perdoar os outros e a si mesmo, fica "energeticamente obeso", carregando fardos passados.

6. Mentira pessoal - Todos mentem ao longo da vida, mas para sustentar as mentiras muita energia é gasta. Somos educados para desempenhar papéis e não para sermos nós mesmos: a mocinha boazinha, o machão, a vítima, a mãe extremosa, o corajoso, o pai enérgico, o mártir e o intelectual. Quando somos nós mesmos, a vida flui e tudo acontece com pouquíssimo esforço.

7. Viver a vida do outro - Ninguém vive só e, por meio dos relacionamentos interpessoais, evoluímos e nos realizamos, mas é preciso ter noção de limites e saber amadurecer também nossa individualidade. Esse equilíbrio nos resguarda energeticamente e nos recarrega. Quem cuida da vida do outro, sofrendo seus problemas e interferindo mais do que é recomendável, acaba não tendo energia para construir sua própria vida. O único prêmio, nesse caso, é a frustração.

8. Bagunça e projetos inacabados - A bagunça afeta muito as pessoas, causando confusão mental e emocional. Um truque legal quando a vida anda confusa é arrumar a casa, os armários, gavetas, a bolsa e os documentos, além de fazer uma faxina no que está sujo. À medida em que ordenamos e limpamos os objetos, também colocamos em ordem nossa mente e coração. Pode não resolver o problema, mas dá alívio. Não terminar as tarefas é outro "escape" de energia. Todas as vezes que você vê, por exemplo, aquele trabalho que não concluiu, ele lhe "diz" inconscientemente: "você não me terminou! Você não me terminou!" Isso gasta uma energia tremenda. Ou você a termina ou livre-se dela e assuma que não vai concluir o trabalho. O importante é tomar uma atitude. O desenvolvimento do auto-conhecimento, da disciplina e da determinação farão com que você não invista em projetos que não serão concluídos e que apenas consumirão seu tempo e energia.

9. Afastamento da natureza - A natureza, nossa maior fonte de alimento energético, também nos limpa das energias estáticas e desarmoniosas. O homem moderno, que habita e trabalha em locais muitas vezes doentios e desequilibrados, vê-se privado dessa fonte maravilhosa de energia. A competitividade, o individualismo e o estresse das grandes cidades agravam esse quadro e favorecem o vampirismo energético, onde todos sugam e são sugados em suas energias vitais.

sábado, 16 de novembro de 2013

18 Frases de Emmanuel



 

 
ROGATIVA

Senhor Jesus!...

Nós te agradecemos:
a benção do amor:

o tesouro do tempo;

a felicidade de trabalhar;

o privilégio de servir;

o dom da palavra;

o apoio da instrução;

a força do progresso;

o amparo da esperança;

a construção da fé;

a lição da prova;

o benefício da dor;

o apoio do companheiro;

e o concurso do adversário!...


Sabemos, porém, Senhor, que nos cabe o dever de aproveitar-te as concessões, a fim de acender em nós mesmos a luz da experiência para o camino que nos conduz a Deus.

Compreendendo tudo isso, nós te rogamos a precisa coragem de cultivar a humildade e a paciência, porquanto, somente sobre semelhante alicerces espirituais, é que nos esqueceremos de nossos caprichos próprios, de modo a aceitarmos, para a nossa felicidade, as tuas determinações, onde estivermos, seja com quem for, em todo o tempo e em qualquer circunstância hoje e sempre.

Assim seja.
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Emmanuel
Chico Xavier

5 TIPOS DE CASAMENTOS - Martins Peralva





Em análise feita às comunicações dos espíritos, referentes a casamentos infelizes, Martins Peralva classifica em cinco os tipos de casamentos.

1. CASAMENTOS ACIDENTAIS:

É o encontro de almas inferiorizadas sem ascendentes espirituais.
Caracterizam-se pela falta de ligação afetiva.
A aproximação dá-se através dos impulsos inferiores do casal e o relacionamento é desprovido de simpatia ou antipatia.

Esses casamentos ocorrem em grande número e, segundo Peralva, podem até dar certo, pois é possível os cônjuges se adaptarem um ao outro, consolidando a união no tempo.

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2. CASAMENTOS PROVACIONAIS

É o encontro de almas inferiorizadas com o objetivo de se reajustarem.
É o tipo mais comum.
Por haverem contraído débitos cármicos mútuos, a Providência Divina utiliza-se da união conjugal pra o necessário ressarcimento.

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3. CASAMENTOS SACRIFICIAIS 

São raros e caracterizam-se pelo encontro de uma alma iluminada com uma alma inferiorizada, tendo por fim reconduzi-la ao bem. Um exemplo desta categoria é o de Lívia com o senador Públio Lêntulus, transcrito no livro "Há Dois Mil anos". O senador, embora evoluído intelectualmente, era moralmente inferior à Lívia, devido ao seu orgulho.

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4. CASAMENTO DE ALMAS AFINS

É o encontro de almas amigas com objetivo de consolidar afetos.

Neste tipo de casamento não ocorrem separações e ambos buscam juntos aprimorar o amor que já nutrem um pelo outro.

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5. CASAMENTOS TRANSCENDENTES

Muito raros.
É o encontro de almas iluminadas com objetivos elevados para trabalharem juntas com fins altamente construtivos. 
Um exemplo de casamento transcendente é o do próprio A. Kardec, com Amélie G. Boudet, que embora seu nome não seja citado na Codificação, sua participação e apoio na vida de Kardec foram fundamentais pra o cumprimento de sua missão.

O Espiritismo nos esclarece, portanto, que a instituição do casamento é uma importante oportunidade concedida pela Misericórdia Divina para o aperfeiçoamento de nosso espírito - e também dos espíritos de nossos familiares .
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José Luiz Vieira
CE




CASAMENTO
  Richard Simonetti

1 – O casamento é planejado no Além?

Geralmente a união matrimonial implica numa harmonização que envolve não apenas o casal, mas também os Espíritos que reencarnarão como filhos. Obviamente, é preciso planejar.
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2 – Os próprios interessados o fazem?

Seria o ideal, já que tendemos a encarar com maior seriedade os compromissos que assumimos por iniciativa própria. Nem sempre, entretanto, os reencarnantes têm suficiente maturidade e discernimento para isso. O planejamento fica por conta de mentores espirituais.
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3 – Eventual segundo casamento ou subsequentes também obedecem a um planejamento?

Quando os parceiros da vida conjugal se separam de forma irreversível, em virtude de conflitos insuperáveis, é justo que procurem recompor sua vida afetiva, buscando nova experiência. Se há seriedade na intenção e não mero exercício de promiscuidade sexual, tão frequente nos dias atuais, os mentores espirituais podem ajudá-los nesse propósito, orientando nova união.
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4 – Se ocorre uma sequência de desacertos haverá sempre novos planejamentos?

Os mentores procuram ajudar-nos, mostrando caminhos, mas jamais são coniventes com nossos desatinos. A sucessão de uniões indica incapacidade de assumir compromissos e de conviver. Natural, nestes casos, que se afastem, retirando as escoras de sua proteção para que os tutelados aprendam com seus próprios erros.
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5 – O ideal, portanto, seria "suportar" o cônjuge para merecer o apoio da espiritualidade?

Esse é, talvez, o maior equívoco. As pessoas "suportam" o cônjuge por amor aos filhos ou respeito à religião, esquecendo-se de que estão juntos para se harmonizarem, aprendendo a conviver fraternalmente. Isso implica em mudar de pronome, no verbo da ação conjugal: da primeira pessoa do singular, eu posso, eu quero, eu faço¸ para a primeira do plural: nós podemos, nós queremos, nós fazemos. Cultivar o individualismo no casamento é condená-lo ao fracasso.
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6 – Isso seria suficiente para sermos felizes no casamento? 
Há algo mais. As pessoas estão esperando que o casamento dê certo para que sejam felizes, sem compreender que é preciso que sejam felizes para que o casamento dê certo. Um coração amargurado, um caráter impertinente, uma vocação para a agressividade, tudo isso azeda a existência e nos torna incapazes de conviver, particularmente no lar, onde não há o verniz social.
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7 – E como ser feliz para que o casamento dê certo?

É preciso ter sempre presente que a felicidade não está subordinada à satisfação de nossos desejos diante da Vida, mas ao empenho por entender o que ela espera de nós. Não é necessário muito para isso. Basta observar a lição fundamental de Jesus: fazer ao semelhante o bem que desejamos que ele nos faça. Funciona admiravelmente quando se trata de harmonizar as pessoas, particularmente no lar.
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8 – Sabemos que na espiritualidade tendemos a conviver com os Espíritos que marcaram nossa vida afetiva, envolvendo cônjuge, pais e filhos. Assim sendo, com quem ficará o homem que foi casado quatro ou cinco vezes?

Com ninguém. Provavelmente fará um estágio depurador no umbral, região de sofrimentos no mundo espiritual, um purgatório onde terá oportunidade de meditar sobre sua frivolidade.
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Do livro: Reencarnação: Tudo o que você precisa Saber.

20 Exercícios - Sheila - Chico Xavier



Executar alegremente as próprias obrigações.

Silenciar diante da ofensa.

Esquecer o favor prestado.

Exonerar os amigos de qualquer gentileza para conosco.

Emudecer a nossa agressividade.

Não condenar as opiniões que divergem da nossa.

Abolir qualquer pergunta maliciosa ou desnecessária.

Repetir informações e ensinamentos sem qualquer azedume.

Treinar a paciência constante.

Ouvir fraternalmente as mágoas dos companheiros sem biografar nossas dores.

Buscar sem afetação o meio de ser mais útil.

Desculpar sem desculpar-se.

Não dizer mal de ninguém.

Buscar a melhor parte das pessoas que nos comungam a experiência.

Alegrar-se com a alegria dos outros.
Não aborrecer quem trabalha.

Ajudar espontaneamente.

Respeitar o serviço alheio.

Reduzir os problemas particulares.

Servir de boa mente quando a enfermidade nos fira.
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O aprendiz da experiência terrena que quiser e puder aplicar-se, pelo menos, a alguns dos vinte exercícios aqui propostos, certamente receberá do Divino Mestre, em plena escola da vida, as mais distintas notas no curso da Caridade.
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Sheila
Chico Xavier 



10 mandamentos do Casal













1. Nunca irritar-se ao mesmo tempo

A todo custo evitar a explosão. Quanto mais a situação é complicada, mais a calma é necessária. Então, será preciso que um dos dois acione o mecanismo que assegure a calma de ambos diante da situação conflitante. É preciso convencermo-nos de que na explosão nada será feito de bom. Todos sabemos bem quais são os frutos de uma explosão: apenas destroços, morte e tristeza. Portanto, jamais permitir que a explosão chegue a acontecer. D. Helder Câmara tem um belo pensamento que diz: "Há criaturas que são como a cana, mesmo postas na moenda, esmagadas de todo, reduzidas a bagaço, só sabem dar doçura...".

2. Nunca gritar um com o outro

A não ser que a casa esteja pegando fogo.
Quem tem bons argumentos não precisa gritar. Quanto mais alguém grita, menos é ouvido. Alguém me disse certa vez que se gritar resolvesse alguma coisa, porco nenhum morreria... Gritar é próprio daquele que é fraco moralmente, e precisa impor pelos gritos aquilo que não consegue pelos argumentos e pela razão.

3. Se alguém deve ganhar na discussão, deixar que seja o outro

Perder uma discussão pode ser um ato de inteligência e de amor. Dialogar jamais será discutir, pela simples razão de que a discussão pressupõe um vencedor e um derrotado, e no diálogo não. Portanto, se por descuido nosso, o diálogo se transformar em discussão, permita que o outro "vença", para que mais rapidamente ela termine. Discussão no casamento é sinônimo de "guerra", de luta inglória. "A vitória na guerra deveria ser comemorada com um funeral"; dizia Lao Tsé. Que vantagem há em se ganhar uma disputa contra aquele que é a nossa própria carne? É preciso que o casal tenha a determinação de não provocar brigas; não podemos nos esquecer que basta uma pequena nuvem para esconder o sol. Às vezes uma pequena discussão esconde por muitos dias o sol da alegria no lar.

4. Se for inevitável chamar a atenção, fazê-lo com amor

A outra parte tem que entender que a crítica tem o objetivo de somar e não de dividir. Só tem sentido a crítica que for construtiva; e essa é amorosa, sem acusações e condenações. Antes de apontarmos um defeito, é sempre aconselhável apresentar duas qualidades do outro. Isso funciona como um anestésico para que se possa fazer o curativo sem dor. E reze pelo outro antes de abordá-lo em um problema difícil. Peça ao Senhor e a Nossa Senhora que preparem o coração dele para receber bem o que você precisa dizer-lhe. Deus é o primeiro interessado na harmonia do casal.


5. Nunca jogar no rosto do outro os erros do passado

A pessoa é sempre maior que seus erros, e ninguém gosta de ser caracterizado por seus defeitos. Toda vez que acusamos a pessoa por seus erros passados, estamos trazendo-os de volta e dificultando que ela se livre deles. Certamente não é isto que queremos para a pessoa amada. É preciso todo o cuidado para que isto não ocorra nos momentos de discussão. Nestas horas o melhor é manter a boca fechada. Aquele que estiver mais calmo, que for mais controlado, deve ficar quieto e deixar o outro falar até que se acalme. Não revidar em palavras, senão a discussão aumenta, e tudo de mau pode acontecer, em termos de ressentimentos, mágoas e dolorosas feridas. Nos tempos horríveis da "guerra fria", quando pairava sobre o mundo todo o perigo de uma guerra nuclear, como uma espada de Dâmocles sobre as nossas cabeças, o Papa Paulo VI avisou o mundo: "a paz impõe-se somente com a paz, pela clemência, pela misericórdia, pela caridade". Ora, se isto é válido para o mundo encontrar a paz, muito mais é válido para todos os casais viverem bem. Portanto, como ensina Thomás de Kemphis, na Imitação de Cristo, "primeiro conserva-te em paz, depois poderás pacificar os outros". E Paulo VI, ardoroso defensor da paz, dizia: "se a guerra é o outro nome da morte, a vida é o outro nome da paz". Portanto, para haver vida no casamento, é preciso haver a paz; e ela tem um preço: a nossa maturidade.


6. A displicência com qualquer pessoa é tolerável, menos com o cônjuge

Na vida a dois tudo pode e deve ser importante, pois a felicidade nasce das pequenas coisas. A falta de atenção para com o cônjuge é triste na vida do casal e demonstra desprezo para com o outro. Seja atento ao que ele diz, aos seus problemas e aspirações.

7. Nunca ir dormir sem ter chegado a um acordo

"Não se ponha o sol sobre o vosso ressentimento" (Ef 4,26b)
Se isso não acontecer, no dia seguinte o problema poderá ser bem maior. Não se pode deixar acumular problema sobre problema, sem solução. Já pensou se você usasse a mesma leiteira que já usou no dia anterior, para ferver o leite, sem antes lavá-la? O leite certamente azedaria. O mesmo acontece quando acordamos sem resolver os conflitos de ontem. Os problemas da vida conjugal são normais e exigem de nós atenção e coragem para enfrentá-los, até que sejam solucionados, com o nosso trabalho e com a graça de Deus. A atitude da avestruz, da fuga, é a pior que existe. Com paz e perseverança busquemos a solução.


8. Pelo menos uma vez ao dia, dizer ao outro uma palavra carinhosa

Muitos têm reservas enormes de ternura, mas esquecem de expressá-las em voz alta. Não basta amar o outro, é preciso dizer isto também com palavras. Especialmente para as mulheres, isto tem um efeito quase mágico. É um tônico que muda completamente o seu estado de ânimo, humor e bem estar. Muitos homens têm dificuldade neste ponto; alguns por problemas de educação, mas a maioria porque ainda não se deu conta da sua importância. Como são importantes essas expressões de carinho que fazem o outro crescer: "eu te amo", "você é muito importante para mim", "sem você eu não teria conseguido vencer este problema", "a tua presença é importante para mim"; "tuas palavras me ajudam a viver"... Diga isto ao outro com sinceridade toda vez que experimentar o auxílio edificante dele.


9. Cometendo um erro, saber admití-lo e pedir desculpas

Admitir um erro não é humilhação. A pessoa que admite o seu erro demonstra ser honesta consigo mesma e com o outro. Quando erramos não temos duas alternativas honestas, apenas uma: reconhecer o erro, pedir perdão e procurar remediar o que fizemos de errado, com o propósito de não repeti-lo. Isto é ser humilde. Agindo assim, mesmo os nossos erros e quedas serão alavancas para o nosso amadurecimento e crescimento. Quando temos a coragem de pedir perdão, vencendo o nosso orgulho, eliminamos quase de vez o motivo do conflito no relacionamento, e a paz retorna aos corações. É nobre pedir perdão!

10. Quando um não quer, dois não brigam

É a sabedoria popular que ensina isto. Será preciso então que alguém tome a iniciativa de quebrar o ciclo pernicioso que leva à briga. Tomar esta iniciativa será sempre um gesto de grandeza, maturidade e amor. E a melhor maneira será "não pôr lenha na fogueira", isto é, não alimentar a discussão. Muitas vezes é pelo silêncio de um que a calma retorna ao coração do outro. Outras vezes será por um abraço carinhoso, ou por uma palavra amiga.
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